terça-feira, 8 de junho de 2010

8 coisas sobre vacinação que você precisa saber

CRESCER conta as novidades em imunização e dá dicas de como usar a carteirinha

Por Thais Lazzeri

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O fim da gotinha
O Zé Gotinha, ícone das campanhas de vacinação oral no Brasil, pode deixar de existir. A Organização Mundial da Saúde (OMS) está discutindo a substituição da Sabin, vacina oral, com vírus vivo, pela Salk, com vírus inativado. O principal motivo é a possibilidade de a criança (ou quem more com ela) desenvolver a doença por vírus derivado da própria vacina. Nas últimas décadas, quando era necessário erradicar a doença, as seqüelas representavam uma porcentagem pequena em razão do alcance em larga escala da imunização – 1 para cada milhão de doses. Com o vírus controlado e raros relatos da doença, as seqüelas passaram a ser uma porcentagem importante, o que causou a discussão na OMS. Ambas têm excelente eficácia.
A hora certa de cada dose
Não é por acaso que a carteira de vacinação é exigida quando seu filho vai ser vacinado. Os dados contidos nela podem ser decisivos na manutenção da saúde da criança. Por exemplo, entre uma vacina e outra, principalmente com aquelas que usam o agente vivo, é preciso um intervalo entre 15 e 30 dias, se elas não forem dadas no mesmo dia. Isso porque o organismo produz uma reação inespecífica que atrapalha a ação de uma segunda vacina, quando dada em dias próximos, podendo comprometer sua eficácia. O indicado, sempre que possível, é dar todas as doses no mesmo dia para evitar a reação e, de preferência, em lugares diferentes do corpo por questões de eficácia e segurança.
Vacinas especiais – e gratuitas
Crianças prematuras, com HIV ou com trissomias – como a síndrome de Down– podem ter acesso ao serviço dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs), um programa de vacinas especiais gratuitas. Quem faz o pedido é o especialista. Bebês prematuros, por exemplo, têm de três a quatro vezes mais chances de ter doença por pneumococo, uma bactéria responsável por pneumonia e meningite e podem ser vacinados com autorização médica. Informações no www.cve.saude.sp.gov.br/htm/imuni/unid_imunobi.htm.
Gripe: 80% de eficácia
A gripe em crianças foi um dos temas do Simpósio Brasileiro de Vacinas, que ocorreu no fim deste mês. O assunto sempre gera dúvidas. Nos EUA, um evento incomum levou os norte-americanos a questionar a importância da vacinação. Dezenas de crianças imunizadas morreram de gripe. Mas as mortes foram provocadas por tipos do vírus influenza que a vacina não incluía. É a OMS que diz para os laboratórios quais os tipos de vírus que devem estar na vacina. Isso é feito com cerca de um ano de antecedência. A cobertura entre 75% e 80%, na opinião dos médicos, é uma arma contra a doença e justifica a indicação do imunizante. Quem o toma pode ficar totalmente protegido ou ter formas mais brandas da doença. Crianças entre 6 meses e 9 anos, que nunca a tomaram, devem receber duas doses, com intervalo de um mês. A dose custa cerca de R$ 80.
Em aerossol
A Organização Mundial da Saúde está apostando nas vacinas em aerossol. Já está à venda nos Estados Unidos uma contra gripe e os testes de outra, contra o sarampo, estão em estágio adiantado na Índia. A imunização por inalação diminui o risco de infecção pela agulha, o custo é menor e o prazo de validade, maior. Não há previsão para a chegada ao Brasil.
Mortes de recém-nascidos
Um estudo internacional em fase avançada pode reduzir a principal causa de mortes de recém-nascidos por infecção. O estreptococo B, uma bactéria do trato genital da mulher, pode ser transmitido na gestação, quando ocorre rompimento da bolsa, por exemplo, ou durante o nascimento, mesmo tratando-se de cesárea. Cerca de 15% das mulheres têm a bactéria e metade dos bebês contaminados morre. A vacina seria para mulheres em idade fértil. Ainda não há previsão para sua comercialização.
Arma contra a dengue
A epidemia no Rio de Janeiro, com mais de 1.500 novos casos por dia, poderia ser evitada se a vacina contra dengue já existisse. A boa notícia é que grupos de pesquisadores brasileiros, como os da Fundação Oswaldo Cruz, a estão desenvolvendo, mas ainda é cedo para dizer quando estará disponível no mercado. Uma das estimativas é 2010.
Onde dar a picadinha?
A obesidade também afetou a vacinação. Crianças extremamente obesas não devem ser vacinadas no bumbum, por exemplo, porque a gordura em volta do músculo pode diminuir a absorção e a eficácia da vacina. O melhor local é o deltóide, um músculo do ombro, ou no lado lateral da coxa, quando pequeno.

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Fontes: Manuel Mindlin Lafer, infectologista pediátrico da Universidade Federal de São Paulo; Marcos Lago, infectologista pediátrico, professor e diretor de atividades acadêmicas do IPPMG da Universidade Estadual do Rio de Janeiro; Reinaldo Menezes Martins, consultor científico da Assessoria Clínica de Bio-Manguinhos/Fiocruz; Rosana Richtmann, infectologista pediátrica do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e membro da Sociedade Brasileira de Imunizações e Hugo Agustín Chaluleu, presidente da Associação Brasileira de Aerossóis e Saneantes Domissanitários.

Um comentário:

Vanessa disse...

O blog melhorou muito desde que eu conheci.....vc sempre com dicas e informando mamaes e titias como eu! rs

O primer da Smashbox e pro rosto todo Te...para sombras ha outras opcoes msm....eu uso o da UDC.....aqui as coisas do boticario sao quase que o mesmo preco das marcas importadas!

Eu ja experimentei o do boticario e nao gostei...ja um primer facial bom e brasileiro e o Magix da Avon....


Nao comentei no post do Danoninho para nao atrapalhar on sorteio! rs

Amo danoninho....como ate hj...depois de veia! rs

Bjao