Identificar o momento em que o bebê está pronto para treinar o uso do banheiro é o primeiro passo para ter sucesso nessa empreitada sem ficar louca
por Deborah Kanarek
Não existe uma idade certa para tirar o seu filho das fraldas. O correto é observar o pequeno e incentivá-lo a usar o pinico
Foto: Getty Image
Foto: Getty Image
Por mais que as mamães não vejam a hora de se livrar da maratona da troca de fraldas, ironicamente, o jeito mais rápido (e eficiente) de atingir esse objetivo envolve muita paciência, tolerância e nada de pressa. “Ninguém tenta fazer uma criança de 9 meses andar, porque sabe que ela não tem o controle neurológico e o equilíbrio necessários. O mesmo vale para o uso do banheiro. É inútil tirar a fralda de um bebê que ainda não possui controle dos esfíncteres nem dominou medos como o de sentar na privada, por exemplo”, compara o pediatra Renato Lopes de Souza.
Se o bebê não está maduro, a transição é cheia de retrocessos, gerando frustração para a mãe e para a criança. “A tentativa de acelerar o processo também pode trazer sequelas emocionais e predispor à instalação de quadros de prisão de ventre, enurese e encoprese – a incapacidade de controlar, respectivamente, o xixi ou o cocô”, alerta a médica Vera Koch. Para você dar conta do recado, sem medo, confira a seguir as recomendações desses dois especialistas.
Quando começar a tirar a fralda
Não existe uma idade certa para a retirada das fraldas. Em geral, por volta dos 2 anos, a criança já atingiu o amadurecimento neurológico, motor e emocional necessário para usar o peniquinho. Mas essa maturidade pode demorar mais sem que isso signifique problemas. Estudos indicam, inclusive, que bebês que iniciam mais tarde esse treinamento levam menos tempo para conseguir o controle. O importante é estar atenta aos indícios de que o seu filho está pronto. É um bom sinal, por exemplo, se ele consegue permanecer por intervalos de duas a três horas sem molhar a fralda, se avisa que quer fazer xixi ou cocô (ou que acabou de fazer) e se mostra desconforto com a fralda suja.
Respeito às diferenças Não existe padrão também em relação a que treinamento iniciar primeiro. A maioria das crianças tem mais facilidade para controlar o cocô, mas algumas começam com o xixi ou com os dois ao mesmo tempo. As preferências da criança devem ser respeitadas também em relação ao uso do peniquinho ou do redutor de assento. O ideal é testar os dois e ver com qual seu filho se adapta melhor. O redutor tem a vantagem de dispensar manutenção e seduzir aqueles que gostam de se sentir crescidinhos. Já o penico pode ser de um modelo divertido e funcionar como um estímulo extra, além de proporcionar uma sensação de segurança maior durante o uso. O medo do vaso sanitário é frequente entre os pequenos e não deve ser desprezado.
Se o bebê não está maduro, a transição é cheia de retrocessos, gerando frustração para a mãe e para a criança. “A tentativa de acelerar o processo também pode trazer sequelas emocionais e predispor à instalação de quadros de prisão de ventre, enurese e encoprese – a incapacidade de controlar, respectivamente, o xixi ou o cocô”, alerta a médica Vera Koch. Para você dar conta do recado, sem medo, confira a seguir as recomendações desses dois especialistas.
Quando começar a tirar a fralda
Não existe uma idade certa para a retirada das fraldas. Em geral, por volta dos 2 anos, a criança já atingiu o amadurecimento neurológico, motor e emocional necessário para usar o peniquinho. Mas essa maturidade pode demorar mais sem que isso signifique problemas. Estudos indicam, inclusive, que bebês que iniciam mais tarde esse treinamento levam menos tempo para conseguir o controle. O importante é estar atenta aos indícios de que o seu filho está pronto. É um bom sinal, por exemplo, se ele consegue permanecer por intervalos de duas a três horas sem molhar a fralda, se avisa que quer fazer xixi ou cocô (ou que acabou de fazer) e se mostra desconforto com a fralda suja.
Respeito às diferenças Não existe padrão também em relação a que treinamento iniciar primeiro. A maioria das crianças tem mais facilidade para controlar o cocô, mas algumas começam com o xixi ou com os dois ao mesmo tempo. As preferências da criança devem ser respeitadas também em relação ao uso do peniquinho ou do redutor de assento. O ideal é testar os dois e ver com qual seu filho se adapta melhor. O redutor tem a vantagem de dispensar manutenção e seduzir aqueles que gostam de se sentir crescidinhos. Já o penico pode ser de um modelo divertido e funcionar como um estímulo extra, além de proporcionar uma sensação de segurança maior durante o uso. O medo do vaso sanitário é frequente entre os pequenos e não deve ser desprezado.
Se houver uma recaída, tome cuidado na hora de chamar a atenção para não prejudicar a auto-estima da criança
Foto: Getty Images
Foto: Getty Images
Treinamento de sucessoPersistência e ênfase na rotina são fundamentais. Não esqueça que a transição precisa acontecer simultaneamente nos vários ambientes que a criança frequenta. Então, quando for iniciar o treino, combine o passo a passo com a escolinha e com os avós. E resista à tentação de voltar às fraldas nos finais de semana. Lembre-se:
1. A maioria das crianças tende a fazer xixi ou cocô cerca de uma hora após as refeições. Se for o caso do seu filho, coloque-o sentado no peniquinho nesses momentos. A recomendação vale para meninos e meninas – só mais tarde, quando o garoto completar o aprendizado, ele deve ser estimulado a ficar de pé para urinar, imitando o pai e coleguinhas.
2. Transforme a hora do penico em um momento prazeroso. Leia uma história, invente um jogo ou cante, tudo isso ajuda a relaxar a musculatura pélvica.
3. Se o pequeno conseguir, elogie-o dizendo que está orgulhosa. Caso nada aconteça depois de uns dez minutos ou a criança der mostras de impaciência, recoloque a fralda e incentive-a pela tentativa. A idéia é habituá-la a sentar no peniquinho antes de tirar a fralda.
4. Alguns especialistas recomendam repetir esse ritual a cada duas horas. Outros acham melhor incentivar o bebê a reconhecer sozinho a sensação de bexiga cheia, pois isso facilita o treinamento noturno. Converse com seu pediatra a respeito e, claro, fique atenta àqueles sinais típicos de “aperto” – como caretas e inquietude – para levar o filho a tempo ao banheiro.
5. Quando perceber que a criança já está no controle da situação, passe para a calcinha ou a cueca. Existem fraldas de treinamento, com laterais elásticas, que ela própria consegue baixar.
6. Caso seu bebê tenha intestino preso, reforce a oferta de frutas e cereais para que o ato de evacuar não se transforme em uma experiência dolorosa.
7. Recaídas são inevitáveis. Diante delas, mantenha a calma e diga algo do tipo “escapou, mas da próxima vez sei que você tentará avisar antes”. Cuidado para não valorizar demais o incidente, porque o pequeno pode achar que vale a pena fazer xixi nas calças para chamar a atenção. E, principalmente, jamais humilhe a criança: além de prejudicar a auto-estima dela, essa atitude pode levar a problemas como constipação.
A fralda da noite
Esse treinamento costuma ser um pouco mais complicado, pois exige muitas horas seguidas sem ir ao banheiro. A primeira tentativa pode ser feita cerca de seis meses depois que o controle do dia estiver perfeito, desde que a mãe note que a fralda noturna amanhece sequinha com frequência. Até os 5 anos, é normal fazer xixi na cama e uma tática que muitas mães usam é a de acordar durante a noite para levar o pequeno dorminhoco ao banheiro. Como regra, adote protetor de colchão, evite excesso de líquidos após o jantar e habitue seu filho a ir ao banheiro antes de deitar.
Entenda o momento
Para toda criança, a retirada da fralda traz uma sensação de perda, como se ela percebesse que sua condição (e vantagens) de bebezinho estivesse ameaçada. É por isso que os psicólogos recomendam que os pais sejam cuidadosos ao estimular a ida ao banheiro e não demonstrem nojo em relação ao xixi e ao cocô do bebê. Vale até incentivar tchauzinhos para o cocô, porque o teatro ajuda os pequenos a se acostumarem à idéia de que o lugar dele é na privada.
A sensação de perda que naturalmente acompanha esse aprendizado é o motivo também pelo qual não se deve iniciá-lo em momentos considerados críticos. “Mesmo crianças que já tiraram a fralda podem voltar a molhar a roupa diante do nascimento de um irmão, da separação dos pais, de uma mudança de casa ou de babá, da entrada na escola ou até da troca do berço pela cama”, explica Ana Cássia Maturano, psicóloga. Também em casos assim, é melhor esperar do que correr o risco de que um aprendizado tão importante para a independência do seu filho se transforme em uma batalha doméstica.
A caminho do banheiro Na hora de comprar um peniquinho, leve seu filho junto e certifique-se de que o modelo escolhido permita que ele sente com as pernas dobradas a 90 graus e com os pés firmes no chão. Para o redutor de assento, providencie um banquinho ou caixote, no qual o pequeno possa subir e se manter apoiado.
1. A maioria das crianças tende a fazer xixi ou cocô cerca de uma hora após as refeições. Se for o caso do seu filho, coloque-o sentado no peniquinho nesses momentos. A recomendação vale para meninos e meninas – só mais tarde, quando o garoto completar o aprendizado, ele deve ser estimulado a ficar de pé para urinar, imitando o pai e coleguinhas.
2. Transforme a hora do penico em um momento prazeroso. Leia uma história, invente um jogo ou cante, tudo isso ajuda a relaxar a musculatura pélvica.
3. Se o pequeno conseguir, elogie-o dizendo que está orgulhosa. Caso nada aconteça depois de uns dez minutos ou a criança der mostras de impaciência, recoloque a fralda e incentive-a pela tentativa. A idéia é habituá-la a sentar no peniquinho antes de tirar a fralda.
4. Alguns especialistas recomendam repetir esse ritual a cada duas horas. Outros acham melhor incentivar o bebê a reconhecer sozinho a sensação de bexiga cheia, pois isso facilita o treinamento noturno. Converse com seu pediatra a respeito e, claro, fique atenta àqueles sinais típicos de “aperto” – como caretas e inquietude – para levar o filho a tempo ao banheiro.
5. Quando perceber que a criança já está no controle da situação, passe para a calcinha ou a cueca. Existem fraldas de treinamento, com laterais elásticas, que ela própria consegue baixar.
6. Caso seu bebê tenha intestino preso, reforce a oferta de frutas e cereais para que o ato de evacuar não se transforme em uma experiência dolorosa.
7. Recaídas são inevitáveis. Diante delas, mantenha a calma e diga algo do tipo “escapou, mas da próxima vez sei que você tentará avisar antes”. Cuidado para não valorizar demais o incidente, porque o pequeno pode achar que vale a pena fazer xixi nas calças para chamar a atenção. E, principalmente, jamais humilhe a criança: além de prejudicar a auto-estima dela, essa atitude pode levar a problemas como constipação.
A fralda da noite
Esse treinamento costuma ser um pouco mais complicado, pois exige muitas horas seguidas sem ir ao banheiro. A primeira tentativa pode ser feita cerca de seis meses depois que o controle do dia estiver perfeito, desde que a mãe note que a fralda noturna amanhece sequinha com frequência. Até os 5 anos, é normal fazer xixi na cama e uma tática que muitas mães usam é a de acordar durante a noite para levar o pequeno dorminhoco ao banheiro. Como regra, adote protetor de colchão, evite excesso de líquidos após o jantar e habitue seu filho a ir ao banheiro antes de deitar.
Entenda o momento
Para toda criança, a retirada da fralda traz uma sensação de perda, como se ela percebesse que sua condição (e vantagens) de bebezinho estivesse ameaçada. É por isso que os psicólogos recomendam que os pais sejam cuidadosos ao estimular a ida ao banheiro e não demonstrem nojo em relação ao xixi e ao cocô do bebê. Vale até incentivar tchauzinhos para o cocô, porque o teatro ajuda os pequenos a se acostumarem à idéia de que o lugar dele é na privada.
A sensação de perda que naturalmente acompanha esse aprendizado é o motivo também pelo qual não se deve iniciá-lo em momentos considerados críticos. “Mesmo crianças que já tiraram a fralda podem voltar a molhar a roupa diante do nascimento de um irmão, da separação dos pais, de uma mudança de casa ou de babá, da entrada na escola ou até da troca do berço pela cama”, explica Ana Cássia Maturano, psicóloga. Também em casos assim, é melhor esperar do que correr o risco de que um aprendizado tão importante para a independência do seu filho se transforme em uma batalha doméstica.
A caminho do banheiro Na hora de comprar um peniquinho, leve seu filho junto e certifique-se de que o modelo escolhido permita que ele sente com as pernas dobradas a 90 graus e com os pés firmes no chão. Para o redutor de assento, providencie um banquinho ou caixote, no qual o pequeno possa subir e se manter apoiado.
2 comentários:
Muito bom.../Guardarei já de antemão
LInda semana flor
Bjo
Tenny !!
Adorei esse post. E é bem por ai. Temos que deixar as coisas acontecerem no tempo certo.
Pois é, esse é um dos problemas de morar com os pais. Eles acabam com nossa moral diante dos netos.
Por um lado, morar longe é bom pois quem educa são os pais somente. Mas por outro, quando minha mãe esta aqui, nossa, me sinto até um pouco enciumada pois Anna Clara adora ficar com ela. rs
Com o tempo eles percebem que tudo o que fazemos é para o bem deles.
Saudades,
Beijokas em vocês !
Vi, RÔ e Anna Clara
Postar um comentário