Por Heloíza Gomes
Ser mãe solteira é... De madrugada, dá aquela dor de barriga no seu filho e ele grita por você, chorando. Você acorda, olha para o outro lado da sua cama de casal - que está vazio - e pensa: é muito difícil ser mãe solteira! Tudo que a mulher quer nessa hora é ter um companheiro para pegar o remédio, aconchegar o filho, levá-lo ao médico. Fazer tudo sozinha é complicado.
A novela Viver a Vida vem mostrando essa realidade. Giovanna Antonelli vive Dora, uma mulher que cria a filha, Rafaela (Klara Castanho), sozinha. A atriz sabe bem o que é isso. Ela mora sozinha com o filho Pietro, de 4 anos, desde que ele tinha 6 meses. E tira de letra.
"Hoje, a maioria das mulheres é meio mãe solteira. O importante é ter diálogo com o filho em qualquer situação e ser feliz com ele", afirma a atriz, que tem a sorte de hoje ser amiga do pai de Pietro, Murilo Benício, e de tê-lo presente na criação do garoto.
Mesmo assim, nunca será uma situação ideal. Criar um filho com um parceiro já é um dos maiores desafios da vida. Sem ele, então, é trabalho dobrado! "O importante é enfrentar os problemas com carinho, amor e dedicação", afirma a psicóloga Laura Cavalcanti.
A culpa não é sua!
O principal é não se sentir culpada. "Não se cobra de uma mãe que ela seja pai. O pai tem o lugar dele, nem que seja uma cadeira vazia", diz Laura. Veja como encarar esse desafio, mas nunca se esqueça: filhos são bênçãos. Você tem muita sorte!
A culpa não é sua!
O principal é não se sentir culpada. "Não se cobra de uma mãe que ela seja pai. O pai tem o lugar dele, nem que seja uma cadeira vazia", diz Laura. Veja como encarar esse desafio, mas nunca se esqueça: filhos são bênçãos. Você tem muita sorte!
Seja feliz sem o parceiro
A ausência do pai é sentida primeiro pela mulher. É difícil superar o sofrimento que a perda do ex causou. Mas seu filho é um presente. Você precisa estar com ele 100%, sim. Mas cuide-se também! Tire um tempo para fazer o que gosta e aprenda a delegar as funções práticas que seriam feitas pelo marido a um amigo ou parente.Não esconda nada da criança
Quem é meu pai? Onde ele mora? Por que ele não gosta de mim? Perguntas assim são difíceis de responder. Qual a resposta certa? Sempre a verdade. Claro que tendo cuidado com as palavras. Não faça do assunto um bicho de sete cabeças.
"O filho cobra a ausência do pai. E é preciso dizer por que ele não está presente", afirma Laura. "A mãe também deve criar o filho num ambiente saudável, amoroso e justo, para que ele perceba que existem outras famílias que não contam com a presença do pai e, nem por isso, elas são menos felizes. São apenas famílias diferentes", afirma a pedagoga Débora Miranda, diretora do Centro Educacional Boechat, no Rio de Janeiro.
Administre a falta do pai
Um pai ausente não apaga a importância da sua função. "Ela será assumida pela figura masculina mais próxima, alguém da família, um amigo, um professor. Quando o processo é saudável, essa figura masculina sempre existirá", alerta Laura. Para que o lugar do pai seja ocupado, a mãe tem de deixar clara a ausência.
Do contrário, a criança ou o adolescente podem acreditar que o pai surgirá a qualquer momento e ficarão guardando o espaço. Essa função pode ser desempenhada por várias pessoas ao longo da vida. Mas sem distorção. "Por exemplo: o avô ocupa a função de um pai, mas é o avô. A criança só precisa de informação e muito afeto", diz a especialista.
Seu filho não será infeliz!
Mesmo criada longe do pai, uma criança pode ser feliz e bem estruturada emocionalmente. "O divórcio dos pais não é uma condenação à infelicidade do filho. Senão, seria assim também nos casos em que os pais morrem. É uma questão de adaptação", diz Laura. O que a mãe solteira - ou que simplesmente cria sozinha um filho - precisa é estabelecer uma relação de confiança e afeto com ele. Isso faz a diferença.
"Em geral, crianças que se sentem inseguras são tímidas ou muito agitadas e, às vezes, até violentas. Tais características dependem de como são criadas, da relação que têm com a mãe, e não só da falta do pai", fala Débora.
"Em geral, crianças que se sentem inseguras são tímidas ou muito agitadas e, às vezes, até violentas. Tais características dependem de como são criadas, da relação que têm com a mãe, e não só da falta do pai", fala Débora.
E na escola?
A forma como a mãe solteira lida com essa realidade se reflete na escola do filho. "O rendimento escolar dele pode ser prejudicado por vários motivos, inclusive a frustração por não conhecer o pai. Mas só isso, não", diz Débora. A mãe deve tomar alguns cuidados para que a vida escolar de seu filho siga sem sustos.
Próximo ao Dia dos Pais, por exemplo, quando é comum colégios promoverem festas e distribuição de presentes. "A mãe deve ficar atenta às mudanças da criança e dar um pouco mais de carinho no período que antecede a data.
"É possível que o filho tenha ansiedade e frustração nessa época. Mas um passeio com a mãe ou falar sobre o assunto já ajuda bastante", conclui Débora.
Próximo ao Dia dos Pais, por exemplo, quando é comum colégios promoverem festas e distribuição de presentes. "A mãe deve ficar atenta às mudanças da criança e dar um pouco mais de carinho no período que antecede a data.
"É possível que o filho tenha ansiedade e frustração nessa época. Mas um passeio com a mãe ou falar sobre o assunto já ajuda bastante", conclui Débora.
Fonte: MdeMulher
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